Penacovenses, o nosso Jornal teve acesso a uma informação secreta que envolve os municípios de Penacova e Poiares. Jaime Soares, presidente do município de Poiares mandou informar o seu "colega" de Penacova para acabar de vez com as ofertas gastronómicas promovidas recentemente pelo Município de Penacova e que se não o fizesse iria abrir "fogo" sobre o nosso concelho. Segundo o Nosso Jornal descobriu, esta guerra vem desde que o município liderado por Humberto Oliveira resolveu criar vários eventos gastronómicos em Penacova como a Semana do Peixe do Rio e agora com o mês do Míscaro e do Sarrabulho, como é noticia do Diário de Coimbra de hoje.
Jaime Soares vê assim o seu Município a perder força gastronómica e receia também que, durante o Seminário das Confrarias que se realiza no próximo fim-de-semana em Poiares, esta vila fique sem a categoria de Capital Universal da Chanfana pois se Humberto continuar a promover estes eventos o mais certo é que também queira promover o da Chanfana, já que a sua origem teve lugar em Santo António do Cântaro, localidade do concelho de Penacova.
Para evitar a perda de estatuto, Jaime Soares decidiu ameaçar o município vizinho e, caso este continue a promover a gastronomia em Penacova, ele próprio dará inicio à guerra saindo de Poiares com toda a maquinaria que aquele município tem.
Noticia que originou esta guerra de palavras.(para já)
Penacova promove mês
dos míscaros e do sarrabulho
"Iniciativa visa destacar alguns dos pratos mais típicos e integra-se num ciclo gastronómico que tem em vista oferecer algo de diferente em cada época
dos míscaros e do sarrabulho
"Iniciativa visa destacar alguns dos pratos mais típicos e integra-se num ciclo gastronómico que tem em vista oferecer algo de diferente em cada época
A época é dos míscaros e do sarrabulho, produtos que os restaurantes do concelho de Penacova promovem nestes meses de Novembro e Dezembro. A iniciativa é da Câmara Municipal que quer, desta forma, promover aqueles que foram – e continuam a ser – os principais produtos da alimentação local. Por isso, aos habituais menus que a restauração oferece, juntam-se os pratos bem típicos desta época do ano: o arroz de míscaros e o sarrabulho confeccionado com sangue fresco.
«Queremos promover os nossos produtos, aqueles que são mais procurados nesta época do ano», explica a vereadora Fernanda Veiga, que, passados que estão já alguns dias do início desta iniciativa, faz um balanço extremamente positivo. «As pessoas procuram estes pratos», afirma, sublinhando que com a promoção que tem sido feita, os penacovenses (e não só) «lembram-se que em Penacova há estes produtos».
É, precisamente, isso que a autarquia pretende: dar destaque a pratos que, outrora, foram importantes na alimentação das populações locais.
Fazendo um pouco de história, a vereadora recorda que, por exemplo, os míscaros eram o prato dos pobres. Mais, eram a carne dos pobres, porquanto as pessoas de baixos rendimentos aguardavam por esta altura para se dirigirem aos pinhais em busca da tal “carne”, que brota, em tempo de chuva, do chão. «Era um prato muito utilizado pelas famílias mais pobres que, nesta época, passavam muito do seu tempo livre, nas buscas aos míscaros», conta a vereadora.
A tradição já não é o que era e hoje serão poucos os que se dão ao trabalho de se lançar nesta aventura de ir procurar, entre as várias espécies que brotam, o míscaro certo para confecção. É mais fácil ir ao mercado comprar míscaros, onde atingem um preço «muito elevado», ou ao restaurante, onde eles já aparecem confeccionados no prato. Por isso «hoje acaba por ser um prato de luxo», afirma.
Semelhante situação acontece com o sarrabulho. Prosseguindo na história, Fernanda Veiga recorda que se trata de um prato tipicamente do «mês da matança». «No dia em que se matava o porco era o prato que era usado para festejar», explica, sublinhando tratar-se de uma iguaria feita “na hora”, com «o sangue, o fígado e as fêveras» do animal acabado de matar.
Um e outro pratos «fazem parte da nossa memória e da nossa cultura gastronómica», explica a vereadora, salientando, contudo, que se trata de iguarias que estão em destaque, mas podem nem sempre estar disponíveis. Na verdade, recorda, a existência de míscaros depende das condições atmosféricas, mas este ano tem havido, até ao fim-de-semana. Quanto ao sarrabulho, trata-se de um prato que impõe a existência de «sangue da matança recente», logo «não pode ser congelado». Significa, alerta a vereadora, que será mais garantido existir nos restaurantes «à terça, quarta e quinta-feira».
Neste mês dos míscaros e do sarrabulho há 13 restaurantes aderentes, de vários pontos do concelho."
«Queremos promover os nossos produtos, aqueles que são mais procurados nesta época do ano», explica a vereadora Fernanda Veiga, que, passados que estão já alguns dias do início desta iniciativa, faz um balanço extremamente positivo. «As pessoas procuram estes pratos», afirma, sublinhando que com a promoção que tem sido feita, os penacovenses (e não só) «lembram-se que em Penacova há estes produtos».
É, precisamente, isso que a autarquia pretende: dar destaque a pratos que, outrora, foram importantes na alimentação das populações locais.
Fazendo um pouco de história, a vereadora recorda que, por exemplo, os míscaros eram o prato dos pobres. Mais, eram a carne dos pobres, porquanto as pessoas de baixos rendimentos aguardavam por esta altura para se dirigirem aos pinhais em busca da tal “carne”, que brota, em tempo de chuva, do chão. «Era um prato muito utilizado pelas famílias mais pobres que, nesta época, passavam muito do seu tempo livre, nas buscas aos míscaros», conta a vereadora.
A tradição já não é o que era e hoje serão poucos os que se dão ao trabalho de se lançar nesta aventura de ir procurar, entre as várias espécies que brotam, o míscaro certo para confecção. É mais fácil ir ao mercado comprar míscaros, onde atingem um preço «muito elevado», ou ao restaurante, onde eles já aparecem confeccionados no prato. Por isso «hoje acaba por ser um prato de luxo», afirma.
Semelhante situação acontece com o sarrabulho. Prosseguindo na história, Fernanda Veiga recorda que se trata de um prato tipicamente do «mês da matança». «No dia em que se matava o porco era o prato que era usado para festejar», explica, sublinhando tratar-se de uma iguaria feita “na hora”, com «o sangue, o fígado e as fêveras» do animal acabado de matar.
Um e outro pratos «fazem parte da nossa memória e da nossa cultura gastronómica», explica a vereadora, salientando, contudo, que se trata de iguarias que estão em destaque, mas podem nem sempre estar disponíveis. Na verdade, recorda, a existência de míscaros depende das condições atmosféricas, mas este ano tem havido, até ao fim-de-semana. Quanto ao sarrabulho, trata-se de um prato que impõe a existência de «sangue da matança recente», logo «não pode ser congelado». Significa, alerta a vereadora, que será mais garantido existir nos restaurantes «à terça, quarta e quinta-feira».
Neste mês dos míscaros e do sarrabulho há 13 restaurantes aderentes, de vários pontos do concelho."
Noticia do Diário de Coimbra
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